segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Somos

Segura a gente, essa mão francesa.
Sinto ausência quando vai ao banho.
Que não é demorado.
A cama fica estreita.
Se quer saber, sinto que seguro o teco de madeira que sobrou ao mar.
Vamos deixar a luz luar entrar.
Que belo e molhado é o coração seu, disse a navegante.

sábado, 7 de maio de 2011

Quero adormecer ao seu lado sempre que possível, mesmo que isso nos afaste por algumas horas.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

Um ar

É aquele que perdi.
O que suga de mim.
O que só me devolve, mas devolve
Devolve...

domingo, 24 de abril de 2011

Estou perdida entre os afazeres futuros e cotidianos.
Apenas tenho você em mim, dentro, como certeza e frenesi, mas, principalmente, como indubitável monumento metafísico.
Não consegui manipular situações com palavras chaves, nem as palavras, apenas calei no sítio. Um momento apenas, fui um pouco ríspida com minha avó, mas ela estava dizendo coisas que aborreceram-me deveras.
Ocorreu também o salvamento da garça que estava presa pela língua e pela pele do pescoço nos anzóis desgraçados do meu avô.
Hoje mesmo, na volta, aqui na avenida perto de casa, citamos o Nelson Rodriguez, e meu pai relembrou algo que ele tinha dito: "A mulher neurótica gosta de apanhar, a normal não. O homem não gosta de bater" Perguntei-lhe a interpretação que tinha disso. Ele respondeu que era um assunto pesado, com certos risinhos cínicos de sempre, que o que pensava sobre aquilo, era acompanhdo por ações passadas, e seriam repudiados por mim e pela minha mãe. Eu disse apenas que isso era complexo de alguns professores, que na hora de responder perguntas sobre assuntos "polêmicos", calam-se, por serem demasiadamente sujos pra gente em "formação de personalidade".
Não consegui contato com meu tio-patrão, mas como levamos o meu primo, que estava no sítio, até a casa dele agora pouco, me disse que resolveríamos isso depois. Entendo, já está tarde, e ele está doente. Mas, falo sobre isso porquê vi que o curso de cinema começa essa terça, então, pelo menos nessa, vou poder ir, e estou contentíssima. Já estou pensando em fazer uma capa específica que acompanhará um caderno para esse fim. Porém, estou com um desânimo... Penso em você apenas, no meu elixir, onde aciono como elemental, e és meu elemental. Penso na cerveja de café que, finalmente, achou, que me leva a semana incerta que teremos.
Trouxe do sítio uma coleção de revistas da minha avó chamada Leitura, não sei se está completa, mas é fantástica, recortei uma pensando que a revista era a única, quando vi as outras, parei, verei se vale a pena deixá-las inteiras, são velhas, acho que vai gostar.
Clarividência essa de notar que só seria feliz, se fosse feliz contigo, e tê-lo por inteiro, e tenho, por isso sou. Mas a vida justaposta que tenho nessas fugas para a caixa e para quem nela habita, e a penetração na tua atmosfera, aglutina quando os imperialistas que rodeiam meus arredores, proporcionam uma neblina e me tiram os óculos, te fazendo distante fisicamente, te sinto em meus ossos, e sei que dormindo posso encontrá-lo finalmente.
És meu ânimo, suporte das palavras, que também és, e que insistem.

P.s.: Desculpa os erros, não estou para corrigi-los, pois sei que vai entender.
É "só hoje" e isso passa... Obrigada por pensar em mim. É a lei do uso e desuso rs
Estou abatida, e todas as estrelas, se estivessem aparecendo, pareceriam lágrimas na magenta face infinita, e só tua magnitude poderiam secá-las (r-me), e simultaneamente, as (me) umedecer.

quarta-feira, 30 de março de 2011

Sei que a cada cansaço descansado, retrai palavras que tem nas cartas de despedida.
Saiba você, que nenhuma fotografia vai relembrar tanto teus sorrisos, seus signos como a lente macro dos meus olhos falhos.
Queria não parecer tanto com os seres humanos, largar a frigidez e possuir o lento aconchego que as asas das belas aves, aquecem e protegem das ventanias apáticas.
Quero parecer contigo, quero aparecer contigo, emudecer em tuas lágrimas, sentir tuas expressões musicais.
Depois, o que virá?

segunda-feira, 21 de março de 2011

Alô Continuação, meu Ser.

Acabo de ficar absolutamente exausta sem saber. Porque os dias tem sido dias, e eu tenho sido sem viver, assim, remota do teu viver.
Até sou eu, vedada, feito injusta em uma metrópole de justos, feito palavra rara em dicionário informal, e tantas outras coisas, pois sabes que Sou sem cessar, mas conjugo chuvas, veja que impossível! Entro em potes ornamentais, quando percebo, surpresa, teu aroma em algum canto meu.
Meu rosto tem caído em cordas, folhas, páginas, mas sinto uma aceleração quando cai em você, no peito, no pescoço, mãos e tudo.
As cartelas tem permanecido mais abarrotadas do que costumo deixá-las. 
Não me sinto despida, e confirmo que ninguém conseguirá ver, a não ser você. Podem até não avistarem vestes, mas em tudo me visto pro resto, sem saber que horas são, estão. 
Só tu me vê desvestida, por isso pergunto; pra ter certeza dessa minha certeza absurda e engraçada. 
Tenho sido passional, mas quando tu vens, revoluciono costumes, despeço-me dos trajes que tenho dificuldade em fechar, e que tu abres, e me tocas, e se tocas, eu te toco, em qualquer ambiente, em qualquer entorno.
Escuta o que faz em mim; aprendi a acatar seu silêncio, mas sem silenciar. Escuta esse sossego; deixe-me expirar nos teus sinais e árvores, asas noturnas, porque já vivenciei e decidi vivenciar isto, até desaprender.
Justamente, o eu sem todos os eles, jura que não dispõe maletas e rodas.