domingo, 9 de janeiro de 2011

" Aonde está você agora, além de aqui, dentro de mim?"



Ontem, ao chegar em casa, dormi para te encontrar, dormi porque assim não fugiria do tempo-espaço maravilhoso que conquistamos.

Acordei precisando de mais um banho, e foi quando percebi que ficar de pé era uma dificuldade.

Minha garganta e meu estômago (não sei te dizer realmente a localização) se comprimiam, e isso se estendeu até o presente momento.

Minha mãe escreveu-me uma carta, e hoje resolvi responder (não sei se te interessa), e logo após de ter respondido, vim pesquisar os chakras, estou tomada por um certo desespero e vertigem, tomada por uma ascenção que vem de ti.

Quero te ligar, mas ainda é cedo para despertá-lo, por isso, confesso que não sei aonde estou, e nem você além de aqui dentro.

Quero poder responder, educadamente, teu e-mail, mas fogem os pontos, os focos.

Estamos sendo incríveis, e isso me deixa ainda mais desesperada, te peço apenas que deixe o significado dessa palavra (desespero) de lado.

Por estarmos sendo incríveis, no meu caso, necessito ver até onde podemos chegar, claramente sem pressa, mas sinto que os dias estão existindo para que eu, também, possa cumprir algum tipo de compreensão nossa.

Os chakras em mim, são animados, vivem para me avisar sobre algum coisa, mas que coisa é essa? Não posso nem afirmar se é bom ou ruim, é apenas uma dúvida solitária.

Não deixe de me procurar.

Compactuamos desde discos até um sono de sonho, e entenda, como você mesmo disse, é impossível retroceder e contermos isso.

Pude pensar em você pro muito tempo. Não identifiquei a maior parte dos pensamentos, mas me permiti sentir todos eles, como raramente faço. Resumi palavras por achá-las falhas, porém achei uma tinta mais forte, tornando um papel futurístico, uma lotação de cores e imagens, e agora existem poucos espaços, poucos mas insistentes.

Por isso e por todas as outras coisas, fique comigo mesmo adormecido, a força da fraqueza está em falta aqui, mas sei como você-eu será útil para eu-paola.

Estou sim, perfeitamente satisfeita, confortavelmente entorpecida, mas ainda me sinto o protagonista do The wall, cheia do "cheio" e do "sujo".

Me sinto, de fato, chegando no meio das ondas, movendo meus lábios, impressionada porque alguém consegue ouvir o que digo.

Você lembrou-me de algo que eu mesma disse, vou viver minha juventude até ser extinta.

Tudo bem, pode se preocupar comigo, sei que essa preocupação de difere da comum, pois ela habita em mim também.

Mas minha sede pela descoberta foge de uma coisa que eu nunca tive efetivamente; o controle.

Você não me poda e nem podará da vida.

Quero você infringindo a vida comigo, duas vidas infringindo uma coletânea de vivências.

Estou impermanentemente liberta, pois se estivesse permanente, não seria liberdade.

Tenho uma fantasia novinha, ela tem a curiosidade extrapolada, sei que a nota, por isso também não sei onde isso vai parar.
Já estou sentindo falta de mim, aí. Mas é bom estar por aí.



Minha âncora está sempre desprendida, mas você e o especial, para mim, são sinônimos, derivando de todas as coisas que me saciam, posso achá-los em qualquer ou lugar nenhum.

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