quarta-feira, 6 de outubro de 2010

IV

Atraímos juntos uma vida que há longo tempo a previsão cegou.
Nossas frequências se procuram de tal forma, que as intimidades grudam-se abaixo das luzes amarelas e livros esquecidos...Não por nós, meu bem, porque estamos dentro de cada um deles, do mesmo modo que a música nos escolhe na hora de se reproduzir.
A vida extravia-se na lavoura, num intervalo cômico, troca de prazeres e decepções, me traz o medo, as vezes, nas transmissão de informações ruins e dependência.
Essas doses de friezas até caem bem na hora do: vamos ver quem sustenta o real...Mas tenho um colo pra me amparar.
A visão e a presença não são tudo, mas você se encosta e me encesta com toda sua postura semióticamente dialética, por isso meu andar progressivo é aprazível, lentamente elevado.
"Pára meu coração!", não posso escolher uma última incerteza. Só avise que meu pescoço será dele quando acordar duelista, minha pele estará como água, absorvendo toda curiosidade de um homem e a intensidade de um garoto, porém, se a manhã vier antes do previsto, traga harmonia...Compartilharemos para não estacionar em qualquer gota meticulosa.
Quero toda sua utilidade, por suficientemente ser. Ignorando os inúteis "mas" que exilam um amor, uma ardência e obra mutante.
Venha como estiver e saiba que pode ser sozinho também, ao meu lado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário